A minha rua também é meio ambiente
Antes de começar, de fato, o texto, gostaria de propor uma reflexão: quando você para e se imagina inserido no meio ambiente, o que vem à sua mente? Provavelmente você se imaginou em uma ambiente rico em vegetação, talvez em algum lago ou cachoeira, ou até mesmo na praia, certo? A grande questão é: por quê?
Segundo a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/81), o Meio Ambiente é compreendido como “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”. De uma forma mais simplificada, podemos entender o meio ambiente como todo meio no qual estamos inseridos. Assim sendo, por que não consideramos nossa rua, por exemplo, como meio ambiente? As casas, as grandes construções, as cidades de uma forma geral, não fazem parte do meio ambiente? Por que será que não temos essa percepção sobre o meio em que vivemos?
Talvez seja pelo modo automático com o qual levamos nossas vidas, talvez seja pela falta de incentivo educacional a esse entendimento. O fato é que não percebemos o meio em que vivemos diariamente como meio ambiente e, pior, não nos percebemos como parte do todo.
Enquanto não compreendermos que fazemos parte do conjunto que compõe o meio ambiente e que cada ação que tomamos não afeta apenas o meio físico, mas sim a todos nós, não criaremos a consciência de que zelar pela natureza da qual fazemos parte é extremamente essencial para garantir a manutenção da vida como um todo.
Preservar e zelar pelo meio ambiente não significa deixar de usufruí-lo – mesmo porque isso seria impossível –, mas sim utilizar seus recursos de forma consciente e minimizar ao máximo impactos causados por nossas ações, como por exemplo a geração de resíduos e o desperdício de água.
Precisamos nos conscientizar e buscar cada vez mais informações acerca do assunto, para que possamos criar/desenvolver uma responsabilidade socioambiental – a qual segundo o site do Ministério do Meio Ambiente está ligada a ações que respeitam o meio ambiente e a políticas que tenham como um dos principais objetivos a sustentabilidade, sendo portanto de todos a responsabilidade pela preservação ambiental –, a qual implica em ajudar a tornar as cidades sustentáveis (através da redução na geração, da reutilização e do destino correto dado aos resíduos, por exemplo) e o meio ambiente mais equilibrado e harmonizado.
Que tal começar pelas tarefas básicas? Não fuja dessa responsabilidade! O planeta (e portanto o meio ambiente do qual você faz parte) é a sua casa, e como tal precisa ter o mínimo de organização e zelo para que você possa viver nela. Se dividirmos as tarefas e cada um fizer a sua parte, a casa fica arrumada e limpa e todo mundo ganha. Podemos começar pelas nossas ruas e cidades!
- Não desperdice energia elétrica (a produção dela também impacta o meio ambiente, sabia?);
- Economize água (os reservatórios de água doce sofrem variações de acordo com as condições climáticas e com os poluentes que lançamos, dentre eles esgoto);
- Não jogue lixo nas ruas (sim, aquele papel de bala somado a outros milhões de papéis jogados por outras milhões de pessoas podem, juntamente com outros inúmeros tipos de resíduos, dificultar o escoamento da água nas galerias pluviais e causar as indesejáveis enchentes) nem nos corpos d’água;
- Não desmate, refloreste! (Árvores tem tantas funções que seria necessária uma nova postagem para falar sobre, mas algumas básicas são: aumenta a concentração de oxigênio do ambiente enquanto estão crescendo; refrescam o ambiente e nos dão aquela sombrinha maravilhosa em dias quentes; ajudam no escoamento da água oriunda das chuvas, alimentando os rios tanto com a água do escoamento como também com matéria orgânica que serve de alimento para a biodiversidade aquática ali presente, etc.).