Com qual futuro estamos contribuindo para os mares?
Um problema ambiental que, infelizmente, está crescendo cada vez mais no mundo é a poluição marinha. De acordo com o GESAMP (Group of Experts on the Scientific Aspects of Marine Environmental Protection), a poluição marinha pode ser definida como: “a introdução pelo homem, direta ou indiretamente, de substâncias ou energia no ambiente marinho (incluindo estuários), resultando em efeitos deletérios como danos aos recursos vivos, riscos à saúde humana, impedimento às atividades marinhas, incluindo pesca, comprometimento da qualidade para aproveitamento de água do mar e redução de amenidades”. E como principais causas da poluição marinha podemos citar:
– A emissão de efluentes industriais e domésticos.
– Agrotóxicos das atividades agrícolas.
– Vazamentos de navios petroleiros e descarte de outros produtos químicos.
– Resíduos jogados por pessoas que estão em praias ou em navios.
– Resíduos radioativos, seja por acidente ou descarte.
– Barulho excessivo de embarcações marítimas, plataformas petrolíferas e o uso de sonares.
Esses pontos mostram o descuido que ainda ocorre ao interagir com o lar de muitas espécies – o mar. Como pode ser refletido com a explicação de Krenak no livro “Ideias para adiar o fim do mundo”, nos permitimos constituir como uma humanidade que exclui todas as outras e todos os outros seres, em que não há corresponsabilidade com os lugares onde vivemos, nem o respeito pelo direito à vida dos seres. Desse modo, contando com essa reflexão adaptada para o cenário marinho, o resultado é o sofrimento por parte dos animais com: o desequilíbrio ecológico; ingestão de microplásticos; o comprometimento da produção de oxigênio; sufocamento devido a presença de plástico onde não deveria existir, entre outras consequências.
Quando pensamos na poluição marinha devemos considerar que é um problema em que todo o planeta está envolvido e sofrerá as consequências, pois nossos mares, rios e oceanos estão conectados e em constante movimento. Então, nossos esforços têm que ser a nível global, sendo algumas das ações para tentar frear esse quadro:
– Educação ambiental para a população. É uma ação essencial não só para causar mudança de atitude nas pessoas com seus próprios resíduos, mas também para serem cidadãos críticos e informados em relação às ações de poluidores de grande porte, como indústrias.
– Universalização do saneamento básico.
– Conexão entre empresas geradoras e empresas compradoras de resíduos, gerando renda através do destino adequado para os resíduos.
– Apoiar organizações que lutem para salvar os oceanos.
– Pressionar governos e empresas a terem e respeitarem limites de ruído nos oceanos, explorando novas técnicas para reduzir a poluição sonora.
– Construção de navios cargueiros mais seguros.
– Controle do escoamento dos fertilizantes e qualquer produto nocivo à água.
É importante lembrar que quanto mais urgente tomarmos atitudes sustentáveis, menores serão as estatísticas de danos à flora e à fauna. Assim, assumindo e cobrando pela responsabilidade com o nosso planeta, talvez no futuro não contaremos com mais plástico do que peixes nos oceanos.
Larissa Vazquez
Referências:
Livro: “Ideias para adiar o fim do mundo”, Ailton Krenak.
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/poluicao-marinha.htm
http://info.opersan.com.br/polui%C3%A7%C3%A3o-marinha
https://www.bbc.com/portuguese/media-56770797
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/poluicao-marinha.htm
https://www.vgresiduos.com.br/blog/impactos-causados-pelo-lancamento-de-residuos-no-oceano/
https://www.infoescola.com/ecologia/poluicao-marinha/
https://www.ecycle.com.br/poluicao-sonora-no-mar/
https://marsemfim.com.br/poluicao-sonora-nos-oceanos-e-impactos-na-vida-marinh/
https://cenepsantos.com.br/storage/download/biblioteca/Polui%C3%A7%C3%A3o%20marinha.pdf
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/contaminacao-ambiental-por-agrotoxicos.htm
http://g1.globo.com/natureza/noticia/2016/01/oceanos-terao-mais-plasticos-do-que-peixes-em-2050-diz-estudo.html