Desafios da Baía

A Baía de Guanabara é sem dúvidas um dos cartões postais mais reconhecidos do Rio de Janeiro, sua beleza vem sendo reverênciada desde a época do descobrimento. Em 1766, Louis Antoine de Bougainville , navegador e escritor francês descreveu a vista da baía em uma de sua visitas ao Rio de janeiro como: “ A vista dessa báia dará sempre o mais vivo prazer aos viajantes… Nada é mais rico que o cenário destas paisagens que se oferecem de toda parte”.
Entretanto, essa grandiosa beleza não vem protegendo a Baía do descaso ano após ano. Atualmente a cerca de 18 mil L/s de esgoto doméstico chega a baía de Guanabara e cerca de 90 toneladas de resíduos são despejados diariamente no seu espelho d’água, números esses que se somam aos resíduos gerados pelas indústrias locais agravando o cenário de degradação ambiental dia após dia. Hoje, a maioria das praias pertencentes a baía não encontram-se próprias para banho, os níveis de poluição e patógenos encontrados nelas estão acima dos valores permitidos pela Organização Mundial da Saúde, fato que gerou muita polêmica na época dos jogos olímpicos, mas que, após a realização do evento, voltou a ser esquecido.
Contra todas as dificuldades apresentadas, a baía ainda é palco de grande ativo ambiental, atualmente 245 espécies de peixes ainda habitam as águas da Guanabara gerando toneladas de pescados a cada mês, 75 espécies de aves vivem na baía e da baía. Em grupos menores e mais frágeis golfinhos, tartarugas e cavalos-marinhos também são observados e monitorados na baía de Guanabara, que segue resistindo bravamente à espera de dias melhores.
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