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Mudanças climáticas e os surtos de doenças infecciosas

De acordo com Borsato e Souza Filho (2006), “os recursos naturais são cada vez mais intensamente explorados para atender as necessidades consumistas da população do planeta.”. Este elevado consumo dos recursos naturais culmina, de maneira geral, em perda de biodiversidade e diminuição da qualidade e quantidade desses recursos disponíveis. Como resultante destes processos, o ambiente se torna mais suscetível a um desequilíbrio ambiental, que por sua vez impacta diretamente na qualidade de vida das pessoas. 

Ao longo da história do planeta terra, inúmeras mudanças no ambiente ocorreram de forma natural e gradual. No entanto, “a partir da Revolução Industrial, as alterações na paisagem aceleram-se em níveis cada vez mais sofisticados e intensos” (Borsato e Souza Filho, 2006). Essas rápidas alterações intensificaram o surgimento de alguns problemas ambientais que estão diretamente relacionados ao surgimento de surtos de doenças infecciosas. 

As principais mudanças ambientais intensificadas pela atividade humana são: desmatamento, enchentes, efeito estufa, seca e outros fenômenos climáticos como la niña e el ninõ. Essas mudanças podem atuar de diferentes formas, de modo a contribuir para o surgimento ou ressurgimento de surtos de doenças infecciosas. Alguns fatores podem favorecer o ciclo reprodutivo, propagação e a distribuição dos vetores de doenças. A temperatura, por exemplo, pode afetar, especificamente, a distribuição espacial-temporal de vetores de doenças (Nava et al. 2017).  

Países com um alto índice de biodiversidade e grandes problemas ambientais e sociais, como o Brasil, são considerados hotspots para o surgimento de epidemias (Nava et al. 2017). Ou seja, são lugares que apresentam uma grande possibilidade de surgimento de novos surtos. Doenças que merecem uma certa atenção são: febre amarela, dengue, doença de chagas, chicungunha, zika, leptospirose, leishmaniose e síndrome pulmonar por hantavírus.

Portanto, é de caráter emergencial que haja uma mudança de hábitos a nível global para reduzir os efeitos negativos das atividades humanas sobre a natureza e, consequentemente, ocorra uma diminuição das chances do surgimento ou ressurgimento de surtos de doenças infecciosas. Cada indivíduo tem uma parcela de responsabilidade com a saúde coletiva. Sendo assim, adquirir hábitos mais sustentáveis para colaborar com essa questão tão importante é muito significativo e necessário. 

Por Mayla Ramos

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